Batizado
de "superministério", pasta deve somar as estruturas da Justiça,
Segurança
Pública (inclusive a Polícia Federal), Transparência e
Controladoria-Geral da União. (Uol).
O
juiz federal Sergio Moro, que comanda as ações penais da Operação Lava Jato em
Curitiba, aceitou o convite e será o futuro ministro da Justiça do governo Jair
Bolsonaro (PSL). O juiz se reuniu na manhã desta quinta-feira (1º) com
presidente eleito e, depois de deixar a residência, divulgou nota em que afirma
que se sente honrado com o convite e que pretende, como ministro,
"consolidar os avanços contra o crime e a corrupção".
Batizado
de "superministério", a pasta deve somar as estruturas da
Justiça, Segurança Pública (inclusive a Polícia Federal), Transparência e
Controladoria-Geral da União, além do Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras), este último hoje ligado ao ministério da Fazenda.
Moro
informou que deve "desde logo" se afastar de novas audiências da Lava
Jato, para evitar o que chamou de "controvérsias desnecessárias". No
ano passado, Moro condenou em primeira instância o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), adversário político de Bolsonaro que está preso desde abril
desse ano, por ordem do juiz federal.
A
reunião entre os dois e o economista Paulo Guedes e durou cerca de uma hora e
meia. "Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a
pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar
22 anos de magistratura", escreveu Moro. O comunicado é assinado de
Curitiba, apesar de Moro ainda estar no Rio.
Nele,
o juiz ainda destacou: “No
entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e
anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos,
levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços
contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos
por um bem maior”.
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