Decisão foi tomada nesta segunda (5), em votação
realizada
na Assembleia Legislativa,
na capital Recife. (Folha de Pernambuco).
Após
polêmica, o plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou,
nesta segunda (05), o parecer da Comissão de Redação Final ao Projeto de
Lei do Executivo nº 2066/18, que cria o Departamento de Repressão ao Crime
Organizado (Draco) na estrutura da Polícia Civil.
A
pauta foi alvo de protestos nas duas discussões, semana passada. Entre as
críticas levantadas por manifestantes e pela oposição, estão a extinção da
Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP) e
o regime de urgência, ao qual foi submetido. Agora, o projeto segue para sanção
do Governo do Estado.
A
sessão chegou a ser interrompida diversas vezes por manifestantes
contrários à proposição. Na ocasião, a Polícia Militar chegou a ser
chamada às galerias da Casa, mas não houve ação. Apesar da movimentação
contrária, apenas seis deputados não votaram favoráveis: Antônio
Moraes (PP), Álvaro Porto (PTB), Edilson Silva (PSOL), Joel da Harpa (PP),
Júlio Cavalcanti (PTB), Priscila Krause (DEM) e Socorro Pimentel (PTB).
Priscila
voltou a questionar a necessidade do regime de urgência. “Tendo em vista que a
nova estrutura proposta no projeto de lei pelo governador Paulo Câmara só teria
condições de funcionar a partir do ano que vem, ainda sem data certa, esse
projeto não faz absolutamente nenhum sentido. Do jeito que está, extingue a
delegacia de combate à corrupção, do crime de colarinho branco, e simplesmente
não vai existir nada que se coloque no lugar até que a nova estrutura
funcione”, declarou.
Em
defesa, o vice-líder do governo, Nilton Mota (PSB), criticou a oposição
por questionar o regime de urgência. “Quando você propõe um projeto de
ampliação da estrutura do combate à corrupção e questiona a urgência, é uma
coisa meio equivocada também. Pelo contrário, essa pauta exige cada vez mais
celeridade, não só nas execuções, mas também nos conceitos, na nova formação”,
explicou. Para Mota, a extinção do DECASP não afeta as investigações de crimes
de corrupção porque houve uma “ampliação” do departamento. “Você está com 21
funcionários e a partir de janeiro vai ter 100 funcionários trabalhando
com esse propósito. A gente entende que muitas vezes a interpretação é
equivocada. Não é extinção, ao invés de ser extinção, a palavra é ampliação
dos serviços de combate à corrupção”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário