Deputado enxerga redação da proposta como “socialmente injusto”
e diz não ver como
“essa reforma passar”. (Com informações da Assessoria / Paulo Augusto).
“essa reforma passar”. (Com informações da Assessoria / Paulo Augusto).
O
deputado federal pernambucano pelo PSDB, Daniel Coelho, afirmou, nesta terça-feira, 4 de julho, em entrevista
à Rádio CBN, na capital, Recife, não acreditar que a reforma da previdência proposta pelo
governo federal vai ser aprovada pelo Congresso. O parlamentar entende que a
reforma até que é necessária, mas diverge não apenas do texto, mas também da maneira
como a reforma foi conduzida.
“Eu
sou contra esse texto da reforma da previdência. Diferentemente do que ocorreu
com a trabalhista, que teve quase 20 audiências públicas, todos os sindicatos
ouvidos, e foi construído para modernizar a economia sem tirar direito de
ninguém, a reforma da previdência não ouviu ninguém, foi muito mal conduzida. É
um projeto em que a sociedade toda não está convencida da sua necessidade e eu
não acredito que o Congresso Nacional tenha direito de fazer uma modificação na
previdência, que é permanente na vida das pessoas, sem que haja um debate
consistente, e de que a gente tenha pelo menos uma parcela
razoável da população compreendendo o que está sendo proposto”, afirmou.
Daniel
Coelho enxerga o texto como “socialmente injusto” e diz não ver como “essa
reforma passar”. “O projeto é socialmente injusto, porque não cabe cobrarmos
mais daqueles trabalhadores da iniciativa privada que ganham salário mínimo, ou
seja, dos que mais sofrem. Não dá para passar para as costas dessas pessoas o
rombo da previdência, que a gente sabe, não foi criado por esse trabalhador”,
destacou. “Hoje eu não vejo como essa reforma passar”, completou o tucano.
DAR
O EXEMPLO - Outra razão da divergência de Daniel em relação à reforma da
previdência está na posição do governo, de não ter reduzido sua estrutura,
mantendo a mesma lógica do governo anterior. “O governo precisa dar exemplo.
Não cortou comissionado, não cortou ministério, não diminuiu seu custo, o
Congresso nacional não diminui as mordomias, mas se quer atacar na ponta a previdência.
Eu acho que é necessário que o governo comece a dar exemplo para a sociedade
compreender que se tem crise, é crise para todo mundo, não é crise somente para
o cidadão”, finalizou.
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